A BIODINÂMICA tem como suas principais atividades:
A cada novo projeto, a difusão de informações e a comunicação com a sociedade são os elementos-chave para assegurar um processo adequado de licenciamento e implantação a qualquer empreendimento, seja ele de magnitude local, regional ou nacional.
A confiabilidade dos órgãos ambientais nos estudos da empresa e, principalmente, a qualidade técnica de seus profissionais, têm sido fundamentais para os êxitos obtidos nos licenciamentos ambientais realizados, além do cumprimento dos prazos definidos no cronograma físico-financeiro de cada empreendimento.
É com muita honra que a BIODINÂMICA tem enfrentado, muitas vezes de forma pioneira, os desafios para a viabilização correta e adequada de empreendimentos os mais diversos, servindo de referência para outras empresas congêneres, para seus contratantes e para os próprios órgãos licenciadores.
Abaixo destacamos 3 dos grandes projetos em que estivemos ou estamos envolvidos:
O Complexo Eólico Serra do Seridó – Fase 1 está sendo implantado a cerca de 8 km da zona urbana do município de Junco do Seridó (PB), a 100 km da cidade de Campina Grande e a 240 km de João Pessoa, capital do Estado da Paraíba.
Seis Parques Eólicos compõem o Complexo Eólico Serra do Seridó, que se destina ao aproveitamento dos ventos constantes e de velocidade compatível com a geração de energia elétrica a partir dessa fonte limpa e renovável, por meio do uso de aerogeradores, totalizando 264 MW.
A Biodinâmica foi contratada, pela EDF Renewable, para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e respectivo Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) desse empreendimento (realizando, para isso, campanhas de fauna, flora, espeleologia, ruídos e levantamentos socioeconômicos, dentre outros), bem como para o acompanhamento do processo construtivo e implantação dos Programas Ambientais durante as obras, finalizadas em agosto de 2023.
O Gasoduto Bolívia-Brasil (GASBOL) possui 3.150 km em todo seu percurso, sendo 557 km dentro da Bolívia e 2.593 km em solo brasileiro, percorrendo os Estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, transpondo 135 municípios, e tendo a capacidade de transportar até 30 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia.
A Biodinâmica participou ativamente da elaboração do Projeto Básico Ambiental e da Gestão Ambiental das obras de instalação, em solo brasileiro, desse importante empreendimento, tendo feito parte do Consórcio contratado pela Petrobras para a implantação dos diversos Programas Ambientais, durante o processo construtivo.
O modelo de Gestão Ambiental foi implementado por esse Consórcio, acompanhado e aprovado pelo IBAMA, tendo sido considerado um dos pioneiros no setor de dutos no Brasil. Até os dias de hoje, é utilizado como padrão para o acompanhamento do cumprimento das diretrizes ambientais para instalação de empreendimentos lineares.
A LT 500kV Oriximiná – Engenheiro Lechuga (Manaus), da Eletronorte/Abengoa, com 556 Km de extensão, passa pelos Estados do Pará e do Amazonas, na margem esquerda do rio Amazonas, atravessando trechos de 12 (doze) municípios, possibilitando o atendimento de energia elétrica, de fonte renovável, para cerca de 2 milhões de pessoas.
A Biodinâmica foi a responsável pela elaboração do Estudo de Impacto Ambiental – EIA e do Projeto Básico Ambiental – PBA, e teve o grande desafio de proceder à Gestão Ambiental das obras para esse empreendimento, localizado, em toda a sua extensão, em domínio amazônico, o que lhe conferiu enorme habilidade para contornar as dificuldades logísticas encontradas em uma região de poucos ou nenhum acesso, com significativa predominância de chuvas ao longo do ano.
Essa LT faz parte do conjunto que conecta atualmente alguns Sistemas Isolados de geração e distribuição de energia elétrica da Amazônia, ao Sistema Interligado Nacional (SIN), a partir da UHE Tucuruí.
Para o licenciamento ambiental das LTs 600 kV CC Coletora Porto Velho – Araraquara 2 nos 1 e 2, conhecidas, respectivamente, por Linha de Transmissão IE Madeira (ISA Cteep, Chesf e Furnas) e Linha de Transmissão Norte Brasil (Eletronorte/Abengoa), a Biodinâmica, em parceria com outras três empresas de Consultoria Ambiental, desenvolveu trabalhos relacionados aos Estudos de Impacto Ambiental, aos respectivos Relatórios de Impacto Ambiental e aos Projetos Básicos Ambientais desses importantes empreendimentos brasileiros.
Essas Linhas de Transmissão foram instaladas, de forma praticamente paralela, ao longo de mais de 2.400 km de extensão, atravessando territórios de 85 municípios das Regiões Norte, Centro-Oeste e Sudeste do Brasil.
Durante a fase de obras, a Biodinâmica foi responsável pelo acompanhamento dos Programas Ambientais associados à Flora (Supressão de Vegetação, Reposição Florestal, Monitoramento da Flora e Salvamento de Germoplasma) da LT Norte Brasil (Eletronorte/Abengoa) e participar da obtenção da Licença de Operação desse empreendimento, concedida pelo IBAMA em outubro de 2014, depois de 2 anos e 8 meses do início do processo construtivo.
A Linha de Transmissão (LT) 230 kV Joinville Norte – Curitiba C2, de responsabilidade da Interligação Elétrica Sul S.A. – IESUL, tem extensão aproximada de 100 km, interligando a Subestação (SE) Joinville Norte, no Estado de Santa Catarina, à SE Curitiba, no Estado do Paraná, atravessando seis municípios: dois em Santa Catarina (Joinville e Garuva) e quatro no Paraná (Guaratuba, Tijucas do Sul, São José dos Pinhais e Curitiba).
No âmbito do licenciamento ambiental dessa LT, em observância ao ordenamento jurídico brasileiro no que toca especificamente aos direitos indígenas e ao meio ambiente, a IESUL contratou a Biodinâmica para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e dos Estudos do Componente Indígena (ECI). Na sequência, a Biodinâmica também atuou na Gestão Ambiental da LT, implementando o Projeto Básico Ambiental (PBA) da Linha e o Projeto Básico Ambiental Indígena (PBA-I), devido à presença da TI Yakã Porã, na Área de Influência Direta do empreendimento, no município de Garuva (SC).
Ressaltando a participação fundamental dos Guarani de Yakã Porã para o bom andamento dos trabalhos de campo e da posterior Gestão Ambiental, o PBA-I contemplou a TI Yakã Porã com sete Programas Ambientais, incluindo construções de moradias e escola para a comunidade e a execução de diversas oficinas. Os Programas executados foram: Gerenciamento Executivo; Comunicação Social Indígena; Educação Ambiental Indígena; Fomento à Atividade Produtiva e à Valorização Cultural; Fortalecimento da Organização Indígena; Apoio à Regularização Fundiária e Infraestrutura. Os mesmos foram implementados entre 2012 e 2014 e tiveram uma repercussão muito positiva entre os indígenas e a aprovação da Fundação Nacional do Índio (FUNAI), sendo considerado um projeto importante de PBA-I nessa instituição, segundo os técnicos que participaram do acompanhamento e análise dos trabalhos nesse período.
No processo de licenciamento ambiental da Linha de Transmissão (LT) 500 kV Rio das Éguas – Barreiras II – Buritirama – Queimada Nova II, de responsabilidade da empresa Equatorial Energia, a Biodinâmica realizou, complementarmente ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA), o Estudo do Componente Quilombola (ECQ), por causa da localização de duas Comunidades Remanescentes de Quilombos (CRQs) dentro dos limites estabelecidos pela Portaria Interministerial no 60/2015 – a CRQ Barra das Queimadas (Dom Inocêncio – PI) e a CRQ Sumidouro (Queimada Nova – PI).
Em seguida, na fase de gestão ambiental desse empreendimento, de forma conjunta com as CRQs Barra das Queimadas e Sumidouro, através de oficinas participativas, a Biodinâmica elaborou e executou o Projeto Básico Ambiental Quilombola (PBA-Q), com programas específicos de apoio a essas comunidades: Programa de Comunicação Social e Educação e Gestão Ambiental; Programa de Valorização e Promoção Político-Cultural e Programa de Geração de Renda e Desenvolvimento Sustentável.
A metodologia de campo primou pela valorização do protagonismo das comunidades, o respeito a seus conhecimentos e modos de vida tradicionais. Os Programas foram voltados sobretudo para a valorização das tradições existentes e para o fortalecimento da cultura e da identidade quilombola, sempre buscando atender aos anseios das CRQs envolvidas, mas orientando, também, quanto à autogestão e sustentabilidade dos projetos após a implementação de cada um.
O Projeto Mexilhão é um conjunto de 4 (quatro) empreendimentos da Petrobras, localizados no Litoral Norte de São Paulo: (i) a Plataforma de Mexilhão; (ii) o Gasoduto Marítimo Rota 1, que escoa o gás natural produzido nessa plataforma; (iii) a Unidade de Tratamento de Gás de Caraguatatuba (UTGCA), que recebe o gás escoado pelo Rota 1; e (iv) o Gasoduto Caraguatatuba-Taubaté (GASTAU), que leva o gás natural tratado na UTGCA até a Estação de Compressão de Taubaté (ECOMP Taubaté).
Para o licenciamento do trecho terrestre do Projeto (UTGCA e GASTAU), a Petrobras contratou a Biodinâmica para elaborar os Estudos de Impacto Ambiental (EIAs), Relatórios de Impacto Ambiental (RIMAs) e Projetos Básicos Ambientais (PBAs) de ambos os empreendimentos.
A UTGCA tem capacidade instalada para produzir 20 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural e o GASTAU, com 28 polegadas de diâmetro, foi projetado para escoar esse volume ao longo de seus 94 km de extensão, que passam por 6 (seis) municípios paulistas até chegar na ECOMP Taubaté: Caraguatatuba, Paraibuna, Jambeiro, São José dos Campos, Caçapava e Taubaté.
Um grande desafio para a implantação desse importante Projeto foi a construção de um túnel de 5,1 km de extensão para a passagem do GASTAU pelo Parque Estadual da Serra no Mar, importante Unidade de Conservação na qual não foi autorizada pelo IBAMA a intervenção direta do Gasoduto em seu território, em função da sua relevante importância para a preservação da biodiversidade da Mata Atlântica brasileira.
A Transposição do Rio São Francisco, projeto que possui cerca de 480 Km de extensão, é considerada a maior obra de infraestrutura hídrica do Brasil, levando água desse curso d’água, que nasce em Minas Gerais, para regiões do semiárido do Nordeste brasileiro que sofrem com a seca e a estiagem. Esse complexo empreendimento envolveu, dentre outros, a construção de canais, reservatórios e estações de bombeamento.
A Biodinâmica teve a honra de elaborar o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o Projeto Básico Ambiental (PBA) desse importante Projeto, de 1998 a 2001, com outras empresas consultoras, o que demandou a participação de dezenas de profissionais especializados nos mais diversos temas ambientais e sociais, como economistas, biólogos, geólogos, pedólogos, geógrafos, comunicadores, engenheiros civis e florestais e arqueólogos, dentre outros.
As obras tiveram início em 2007 e, em função de diversas questões políticas e orçamentárias, só foram concluídas em 2019, passando a atender a 390 municípios e, aproximadamente, 12 de milhões de pessoas. Outras expansões do Projeto foram realizadas e outras estão em planejamento para que as águas do Velho Chico cheguem a ainda mais lugares e pessoas carentes desse recurso natural indispensável para a vida.
A Usina Hidrelétrica (UHE) Batalha foi um projeto licenciado no início dos anos 2000, localizado no rio São Marcos, cuja barragem está situada na divisa dos municípios de Cristalina, em Goiás, e Paracatu, em Minas Gerais, ocupando uma área de cerca de 138 quilômetros quadrados, englobando terras desses dois municípios e gerando pouco mais de 50 Megawatts para o Sistema Interligado Nacional (SIN).
A Biodinâmica foi uma das duas empresas de Consultoria Ambiental contratadas para a elaboração do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e do Projeto Básico Ambiental (PBA), que detalhou os Programas Ambientais a serem implementados durante a fase de obras do empreendimento, dentre eles, o Plano de Conservação e Uso do Entorno do Reservatório e o Programa de Conservação da Fauna Silvestre.
A UHE Batalha, da Eletrobras/Furnas, gera energia suficiente para abastecer uma cidade de 130 mil habitantes e possibilita que as outras usinas, localizadas mais abaixo do rio São Marcos gerem mais energia, o suficiente para suprir as necessidades de outros 330 mil habitantes, caracterizando-se, dessa forma, como de muita importância para a manutenção do fornecimento de energia elétrica nos períodos secos.